O Sublimite do Simples Nacional: O Impacto da Ultrapassagem

No universo da gestão fiscal para empresas de pequeno porte, o Simples Nacional representa um regime tributário simplificado e atrativo. No entanto, existe um limite anual de faturamento para permanecer nesse regime, conhecido como sublimite. Este artigo visa explorar o entendimento sobre o sublimite, suas implicações e efeitos quando ultrapassado.

Entendendo o Sublimite

O sublimite surgiu por meio da Lei Complementar 155/2016, modificando o limite de faturamento do Simples Nacional de 3,6 milhões para 4,8 milhões por ano para empresas de pequeno porte. Ele estabelece limites diferenciados de receita bruta anual e afeta o recolhimento do ICMS e do ISS para empresas optantes pelo Simples Nacional.

Implicações da Ultrapassagem do Sublimite

Quando uma empresa ultrapassa o sublimite, a forma de cálculo do ICMS e do ISS muda. Os demais tributos permanecem no âmbito do Simples Nacional, mas o ICMS e o ISS passam a ser recolhidos como se a empresa estivesse em um regime de tributação convencional, como o lucro real ou presumido. Isso implica a utilização de benefícios fiscais, débitos e créditos específicos para esses impostos, resultando em uma dualidade na apuração fiscal.

Consequências da Ultrapassagem e Possíveis Cenários

  • Ultrapassagem em até 20% do sublimite: Se a empresa ultrapassar o sublimite em até 20%, continua no Simples Nacional, mas deve recolher o ICMS e o ISS por fora a partir do ano seguinte.
  • Ultrapassagem além de 20% do sublimite: Neste caso, a empresa continua no Simples Nacional para os tributos federais, mas é impedida de recolher o ICMS e o ISS por meio desse regime, passando a fazê-lo por fora.
  • Ultrapassagem do limite global de faturamento: Se a empresa ultrapassa não só o sublimite, mas também o limite global de faturamento (4,8 milhões), é excluída do Simples Nacional no ano seguinte.

Importância do Planejamento Tributário

O planejamento tributário torna-se crucial para calcular os impactos dessa mudança e antecipar cenários. A empresa que ultrapassa o sublimite requer novos procedimentos operacionais, como a utilização de códigos específicos e destaque de impostos em notas fiscais.

Conclusão

O entendimento do sublimite e suas ramificações é fundamental para a gestão fiscal adequada de empresas optantes pelo Simples Nacional. O planejamento tributário assertivo e a análise criteriosa dos limites são essenciais para evitar surpresas e garantir a conformidade fiscal.

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O entendimento claro do sublimite do Simples Nacional é uma ferramenta poderosa para os empreendedores navegarem pelas complexidades do sistema tributário brasileiro. Espero que este artigo tenha sido esclarecedor e útil para você em sua jornada empresarial. Caso tenha gostado do conteúdo, não se esqueça de compartilhar e seguir o canal para mais insights e informações relevantes sobre gestão fiscal.

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